quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

CENAÍR MAICÁ!


CANAÍR MAICÁ!


Num dia 02 de janeiro, do ano de 1989, morria em Porto Alegre o cantor Cenair Maicá, um dos Troncos Missioneiros, intérprete de verdadeiros clássicos do regionalismo gaúcho como Baile do Sapucai e Canto dos Livres.

Nasceu em Águas Frias, no atual município de Tucunduva, então distrito de Santa Rosa, filho de Armando Maicá, o "seu Mandico", e Orcina Lamarque Maicá. Aos três anos de idade mudou-se com sua família para a província de Missiones, na Argentina, para viver em carreiras, acampamentos de extração de madeira às margens do Rio Uruguai. Foi com os peões argentinos e paraguaios que trabalhavam com seu pai que Cenair aprendeu os primeiros acordes de violão. Cursou o primário no colégio General Belgrano, em Três Pedras, Oberá.

Passou a maior parte de sua vida em santo Angelo, onde começou sua carreira musical com o irmão Adelque já aos 10 anos de idade. Tornou-se conhecido ao vencer o 7º Festival do Folclore Correntino, em 1970, em São Tomé, na Argentina, com a música Fandango na Fronteira. Apresentou-se junto do compositor da canção, Noel Guarany, e a vitória garantiu aos dois a gravação do disco compacto Filosofia de Gaudério (1970). Trabalhou com José Mendes e depois com Noel Guarany. Cenair gravou um compacto duplo e quatro LP, dois deles reeditados em CD.

Aos 17 anos de idade, num acidente, perdeu um rim, o que veio, mais tarde a comprometer sua saúde e influenciar no seu prematuro falecimento, que ocorreu em 02/01/1989, aos 41 anos, devido a uma infecção hospitalar contraída durante a colocação de uma prótese femural. Os problemas de saúde haviam começado em 1984, quando rim que lhe restara começou a falhar e Cenair precisou fazer hemodiálise, o que o deixou ainda mais debilitado. Chegou a fazer um transplante de rim em 1985, doado pelo irmão Darci Maicá. Seus restos mortais encontram-se na cidade de Santo Ângelo, onde existe um memorial em sua homenagem na entrada do Cemitério Municipal.

Matéria extraída do blog do Léo Ribeiro.

Por hora é isso, inté fui...

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